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28 de nov. de 2011

Cortes para o amor (parte 3)


Na escola as coisas não mudaram. Continuei invisível. Eu não me importo em ser invisível. Penso que me privando do mundo, eu irei sofrer menos.

Não consegui nem olhar pra ele.

Fui para casa. Minha mãe, por incrível que pareça, não estava bêbeda. Ela estava chorando, eu acho que terminou com o namorado. Pra mim tanto faz, não gostava dele, mesmo.

Ele foi até a minha casa, com uma caixa grande. Deixou em frente a porta, tocou a campainha, e foi embora. Eu fiquei olhando pela janela, e esperei ele ir.
A caixa era grande, bonita, e parecia estar chamando meu nome. Fui para o meu quarto com a caixa. Coloquei ela em cima da cama, e fiquei me perguntando:
"Abro, ou não abro? Abro ou não abro?"
Acabei abrindo. Tinha uma rosa, e uma carta... E nela estava escrito:

Me desculpa!
Eu te amo!

Ele poderia ter dito milhares de coisas, mas disse o que deveria ser dito.
Na caixa junto a rosa e a carta, tinha um lindo vestido e um bilhete. No bilhete estava escrito:

Te pego as 19:00!

Não sei nem como explicar o que eu estava sentindo na hora. Me arrumei e fiquei me perguntando se valeria a pena...

As 19:00 em ponto, estava ele me esperando do outro lado da rua.
Na hora pensei em até desistir, mas segui em frente. Caminhei até ele, respirei fundo, e acabou escapulindo "Eu te amo!"
Sei que foi burrice minha, mas acabou saindo... E não tinha mais como eu fugir.

Ele - Você me ama???

Eu - ...

Ele - Eu te amo!

Eu - ...
Pra onde você vai me levar???
Ele - É uma surpresa!

Consegui me controlar, por fora. Por dentro eu estava pulando, chorando, cantando, sorrindo... Estava feliz de verdade!
E com essa felicidade, acabei respondendo a minha pergunta: "Será que vale a pena??? Só irei saber se vale a pena, se eu tentar!" E era o que eu estava fazendo... Tentando amar.



Continua

(Nanda Oly)

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